A transformação ambidestra, impulsionada pela IA, só pode ser plenamente realizada quando indivíduos, equipes e organizações desenvolvem resiliência emocional, física, intelectual e criativa
À medida que avançamos para uma era cada vez mais marcada pela inteligência artificial (IA) e automação, a capacidade de adaptação de indivíduos, equipes e organizações é mais crucial do que nunca. A transformação digital, quando bem implementada, acelera processos, otimiza resultados e desbloqueia novas oportunidades de inovação.
No entanto, a verdadeira transformação ambidestra, que equilibra a exploração de novas tecnologias com a maximização do que já se sabe, requer mais do que apenas a adoção de IA. Ela exige um tipo especial de resiliência — uma resiliência EPIC (Emocional, Física, Intelectual e Criativa) que permite manter uma mentalidade de crescimento diante de incertezas e mudanças rápidas.
Neste artigo, vamos explorar como essa abordagem multifacetada à resiliência pode ajudar organizações e indivíduos a prosperarem na era da IA, superando o medo de se tornarem obsoletos e adotando uma postura de aprendizado e inovação contínuos.
A adoção plena da IA vai muito além da mera tecnologia; ela envolve um compromisso profundo com o desenvolvimento humano e a reinvenção constante.
Resiliência Emocional: É a base da transformação. Em um mundo onde a IA está mudando rapidamente a forma como trabalhamos, muitos enfrentam o FOBO (Fear of Becoming Obsolete) — o medo de se tornarem obsoletos. Para enfrentar essa ansiedade, líderes e equipes precisam desenvolver uma capacidade emocional de lidar com a incerteza, aceitando a mudança como uma oportunidade de crescimento. As emoções são poderosas e, se bem gerenciadas, podem ser uma força transformadora que motiva a inovação. Ao criar ambientes de trabalho que priorizem a saúde emocional, as organizações podem estimular uma cultura de aceitação e entusiasmo pelo novo, em vez de resistência.
Resiliência Física: Refere-se à capacidade de manter o corpo e a mente saudáveis para enfrentar os desafios trazidos pela IA e pela transformação digital. Em um ambiente de trabalho cada vez mais acelerado e exigente, manter um nível adequado de energia e bem-estar físico é essencial para sustentar o desempenho intelectual e criativo. A adoção de IA pode aumentar a pressão em alguns aspectos do trabalho, e a resiliência física ajuda a suportar essa demanda sem comprometer a capacidade de se adaptar e inovar.
Resiliência Intelectual: é a capacidade de aprender continuamente, expandir horizontes e adotar uma mentalidade de crescimento. Com a introdução da IA, as funções cognitivas humanas estão mudando de foco, com um aumento da necessidade de resolver problemas complexos e pensar criticamente. Em vez de temer a automação, a resiliência intelectual nos incentiva a fazer melhores perguntas, explorar novos dados e encontrar maneiras criativas de usar a IA para solucionar problemas. Organizações que incentivam o aprendizado contínuo e o pensamento crítico estão mais bem equipadas para adaptar suas equipes e tirar proveito das oportunidades oferecidas pela IA.
Resiliência Criativa: É a capacidade de gerar novas ideias e abordagens, mesmo em face de incertezas ou desafios. Embora a IA seja excelente para lidar com tarefas repetitivas e baseadas em dados, ela ainda não consegue replicar a criatividade humana. Aqui, a resiliência criativa se destaca: ela nos impulsiona a experimentar novas formas de usar a IA para inovar, permitindo que exploremos soluções que nunca foram consideradas antes. Ao abraçar a resiliência criativa, as organizações podem criar ambientes onde a ousadia e a originalidade floresçam, rompendo barreiras e construindo um futuro mais inovador.
A transformação ambidestra, impulsionada pela IA, só pode ser plenamente realizada quando indivíduos, equipes e organizações desenvolvem uma resiliência EPIC: Emocional, Física, Intelectual e Criativa. Cada uma dessas dimensões contribui para a construção de uma mentalidade de crescimento, permitindo que todos se adaptem de forma contínua às novas tecnologias e tirem o máximo proveito delas.
Somente com esse tipo de resiliência poderemos navegar pelo futuro da IA e colher os benefícios de uma era digital que ainda está em constante evolução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fonte: SCInova / Por Eduardo Barbosa, CEO da Brognoli Imóveis e um dos responsáveis pelo Conselho Mudando o Jogo (CMJ) em SC e RS. Escreve sobre inteligência artificial na série “Diários da IA”
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