JBS e UFSC fecham parceria para impulsionar pesquisas sobre proteína cultivada

Uma das maiores empresas globais de alimentos espera concluir em 2024 obras do centro de inovação em biotecnologia, em Florianópolis, que envolverá 25 pós-doutores e terá investimento total de US$ 62 milhões. 

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Foto: Divulgação

JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, assinou nesta semana em Florianópolis um memorando de entendimento com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para cooperação mútua em estudos e pesquisas sobre proteína cultivada no Brasil. A parceria com a instituição se dará por meio do JBS Biotech Innovation Center, primeiro Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em proteína cultivada do país, abrindo caminho para a criação de uma rede de colaboração com instituições científicas e universidades públicas e privadas para acelerar o avanço da indústria nacional no setor.

Como o SC Inova já publicou, o Innovation Center está sendo construído no Sapiens Parque, no Norte da Ilha, e receberá cerca de US$ 62 milhões de investimentos distribuídos em três etapas: de obras civis e implantação dos laboratórios (fase 1), instalação da planta-piloto (fase 2) e ações de longo prazo, como a construção de um módulo básico em escala industrial para demonstração da viabilidade técnico-econômica da proteína cultivada ao mercado. Esse projeto servirá de modelo para mais plantas que a JBS vier a construir pelo mundo para o processamento de proteína cultivada bovina e de outras espécies.

Segundo o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, o acordo com a UFSC é o primeiro de muitos – e prevê a cessão de suas instalações para a execução dos trabalhos científicos. “Uma vez que a tecnologia da proteína cultivada tem se provado relevante para o mundo, não poderíamos deixar de estar na vanguarda. O acordo com a UFSC é fundamental – todo mundo ganha e geramos conhecimento. 

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, afirmou durante a assinatura do documento que esta parceria “pode acrescentar com propostas e mudanças nas disciplinas dos cursos, começando por uma disciplina optativa e depois até gerar atualizações no currículo de toda a universidade”. 

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Gilberto Tomasoni, CEO global da JBS, e o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza: promessa de futuros acordos de P&D. / Foto: Divulgação

Anunciado para o mercado em 2021, o Centro de Pesquisas de proteína cultivada se tornará a maior instituição privada de pesquisa em biotecnologia dos alimentos do Brasil. As obras devem ser concluídas em 2024. Assim que finalizado, o JBS Biotech Innovation Center passará a contar com uma equipe científica de 25 pós-doutores, especialistas em diversas áreas, além de staff e equipe de apoio administrativo. Por enquanto, os pesquisadores – coordenados pelo presidente do Centro, Luismar Porto, e a vice-presidente, Fernanda Vieira Berti, ambos especialistas em bioengenharia, com ampla experiência profissional e acadêmica internacional – um endereço temporário no próprio Sapiens.

Quando estiver em fase comercial, a proteína cultivada a ser processada (bovina, frangos, suínos e pescados, como prevê a empresa) deve chegar aos consumidores na forma de alimentos preparados, como hambúrgueres e almôndegas, entre outros, com a mesma qualidade, sabor e textura da proteína tradicional. A JBS também é acionista controladora, com 51% de participação, da Biotech Foods, empresa espanhola que é uma das líderes europeias no setor e que opera atualmente uma planta-piloto em San Sebastián.

Fonte: Redação SC Inova, scinova@scinova.com.br

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