O navio quebra-gelo Healy, da Guarda Costeira dos EUA, iniciou uma missão científica de três meses no Ártico, com o objetivo de coletar dados para treinar ferramentas de IA (inteligência artificial).
Durante a missão, câmeras instaladas por pesquisadores do Laboratório Lincoln, do MIT, vão capturar imagens da região. Elas servirão para estudos sobre as mudanças decorrentes do aquecimento global.
As imagens coletadas serão utilizadas no desenvolvimento de ferramentas de IA capazes de analisar o ambiente ártico, contribuindo para uma navegação segura e eficiente.
A pesquisa ressalta a importância das imagens coletadas a partir de navios para treinar ferramentas de visão computacional. Isso porque as imagens de satélite ou aéreas fornecem informações limitadas sobre o ambiente no Ártico.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos está particularmente interessada nesse desenvolvimento. É que ele auxiliará o planejamento de missões navais, além de automatizar a análise de dados na região do Ártico.
Essa região está cada vez mais acessível ao tráfego marítimo – tanto navios militares quanto embarcações envolvidas em pesca ilegal.
A instalação de câmeras infravermelhas no quebra-gelo Healy permitirá a coleta de imagens de alta qualidade em condições climáticas extremas e iluminação adversa, o que possibilitará uma melhor compreensão das mudanças ocorridas na região.
O objetivo da pesquisa é disponibilizar um conjunto de dados aberto ao público, para que a comunidade de pesquisadores possa desenvolver ferramentas que auxiliem nas operações no Ártico e no combate às mudanças climáticas.
A equipe de pesquisa também planeja disponibilizar modelos de detecção de objetos e classificadores para identificar e rastrear objetos nas imagens coletadas.
O projeto foi realizado em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Guarda Costeira dos EUA e a Teledyne FLIR.
Além disso, espera-se que os resultados contribuam para o avanço do conhecimento sobre a região e para a aplicação da IA em diversos desafios enfrentados pelos EUA.
Com informações de MIT
Fonte: Olhar Digital | Por Pedro Borges Spadoni, editado por Bruno Capozzi
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