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South Summit Brazil 2024: Distritos de inovação ganham relevância no país ao conectar ambientes à população

Pedro Valério, do Instituto Caldeira, Mariana Pincovsky, do Porto Digital, e Martim Velez, do Unicorn Factory, de Lisboa, debateram o tema em painel no evento que termina nesta sexta (22) em Porto Alegre

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Foto: Divulgação

Investimento nos novos talentos, boa governança, e aliança com a economia criativa: esses são os ingredientes para a construção de um distrito de inovação de sucesso, segundo os especialistas que debateram o assunto em painel no South Summit Brazil na tarde desta quarta-feira (20). Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira, localizado em Porto Alegre (RS), Mariana Pincovsky, diretora executiva do Porto Digital, sediado em Recife (PE), e Martim Velez, diretor de programas para Scaleups & International Growth do Unicorn Factory, de Lisboa, Portugal, participaram do painel Construindo Distritos de Inovação Globais, em que compartilharam e compararam as experiências das três instituições.

Moderador do painel, Pedro Valério, do Caldeira, levantou a questão do quê, exatamente, define um distrito de inovação – em comparação com outras nomenclaturas comumente utilizadas no ecossistema de tecnologia, como “hub”. No Porto Digital, segundo Mariana Pincovsky, as diferentes denominações indicam escalas variadas dentro de uma grande plataforma: “No Porto Digital, temos apenas um ambiente que consideramos um distrito, que é o Porto Digital de Recife. É uma estrutura mais robusta e mais madura que a de um hub, por exemplo. No distrito, contamos com a participação de outras iniciativas, inclusive de educação e do poder público”, ela explica. “Em outras cidades, temos o que chamamos de ‘projetos’, com uma estrutura menor. E acabamos de inaugurar nosso primeiro escritório, fora do Brasil, em Portugal, com uma estrutura ainda mais simples. No caso do Porto Digital, levou vinte e poucos anos para construirmos o que chamamos de ‘distrito’.”

Martim Velez, do Unicorn Factory, concorda: “Embora não haja um ‘critério científico’ para definir o que é um hub ou um distrito, na nossa lógica, o distrito envolve vários outros serviços além das startups: temos a participação de corporates, parcerias com universidades portuguesas e norte-americanas, além de áreas de serviços, como eventos e gastronomia”, ele aponta. Velez destaca ainda outro aspecto essencial a um distrito de inovação: o livre acesso da população. “Qualquer pessoa pode visitar e experienciar o Unicorn Factory”, ele conta. “Envolver a comunidade faz toda a diferença.”

Na última segunda-feira (18), inclusive, o Instituto Caldeira anunciou uma nova expansão: o hub vai passar a ocupar a estrutura dos antigos prédios da fábrica Tecidos Guahyba, um espaço com cerca de 33 mil m², ampliando a área total do Caldeira para 55 mil m². O investimento previsto para a nova área é de cerca de R$ 120 milhões. O movimento, segundo Pedro Valério, é um passo importante justamente na construção de um distrito de inovação na capital gaúcha: “Somadas as áreas do Instituto Caldeira com as áreas localizadas no entorno e que oferecem serviços de gastronomia, cultura e entretenimento, serão mais de 140 mil m² destinados à nova economia e à formação de um ambiente urbano onde novas empresas consigam se estabelecer e gerar valor para a sociedade”, afirma. “Queremos que a nossa cidade seja cada vez mais conhecida globalmente como um ambiente fértil para o empreendedorismo e a inovação.”

ECONOMIA CRIATIVA CATALIZA A INOVAÇÃO

O envolvimento direto da economia criativa também é considerado pelos três especialistas como fundamental no desenvolvimento dos distritos de inovação. “A economia criativa é um catalisador da inovação: um sem o outro não faz sentido”, afirma Martim Velez.

Mariana Pincovsky, do Porto Digital, completa: “A cultura está muito presente no dia a dia do pernambucano: é impossível circular por Recife e não ser impactado pela cultura local em suas diversas formas. Nos eventos e conteúdos do Porto Digital, raramente falamos só de tecnologia: sempre abordamos temas atuais para mostrar que a tecnologia permeia tudo e é para todos, e a cultura e a criatividade fazem parte desses temas.”

Fonte: Redação SC Inova, com informações da Assessoria de Imprensa

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